A retomada – O futuro chegou antes da hora!

A comunidade educativa já vislumbra o retorno, parcial ou de alguns alunos, à escola presencial, apesar de a sociedade ainda estar vivendo sob os efeitos da Pandemia, de não se ter claro as suas repercussões sociais e afetivas, nem o tempo que ainda será necessário viver sob a sua batuta.

A comunidade educativa já vislumbra o retorno, parcial ou de alguns alunos, à escola presencial, apesar de a sociedade ainda estar vivendo sob os efeitos da Pandemia, de não se ter claro as suas repercussões sociais e afetivas, nem o tempo que ainda será necessário viver sob a sua batuta.

O tempo indefinido não pode tirar do ser humano a capacidade de prever, de se organizar objetiva e emocionalmente e, sobretudo, de não perder a perspectiva de que a escola é espaço de humanização, de valorar as vidas humanas, de enaltecer o que é humano em cada um, e essa consciência deve ser a que regula as bússolas.

Sabe-se que os impactos gerados com o fechamento das escolas foram grandes, afetando as rotinas escolares, a vida dos professores e da equipe toda, os processos de aprendizagem, as modalidades de ensino, as relações presenciais, repercutindo nas dinâmicas familiares e na comunidade educativa, de modo profundo e ainda não devidamente avaliado.

A qualidade da saúde física e emocional entra em foco, assim como o desenvolvimento da imunidade de cada pessoa. Entram em crise (ou acentuam-se como crise) a qualidade das relações humanas: respeito, solidariedade, cooperação, resiliência, empatia; os modelos econômicos e de comércio; e a estrutura do trabalho. Isso configura um cenário complexo, que merece atenção, escuta e conhecimento.

Ao longo da Pandemia, ficam evidentes as diferenças de conhecimento, de possibilidades, de estrutura, de preparo socioemocional, tanto das escolas, como das famílias, para o enfrentamento do inusitado, do novo, do indesejado.

Professores tiveram de se reinventar de modo criativo, vivendo uma alternância entre os sentimentos de medo e de coragem, ao mesmo tempo que se perguntavam o que era/é importante entregar e o que o aluno/estudante tem de recriar, construir, fazer por si mesmo, a fim de aprender com autonomia, regulando a si mesmo. Temas entram, pois, em questionamento: o que é conteúdo, com quais deles é possível e necessário trabalhar, como entregá-los; o que é urgente e importante direciona a escolhas, nem sempre fáceis de serem feitas. A maioria das escolas de “antes” estava amarrada a planejamentos e instrumentos de apoio pedagógico, que não contemplavam os temas do presente, da vida cotidiana e dos sentimentos e emoções que esse fluxo de viver e conviver provoca agora.

As famílias, despreparadas para atender em casa suas crianças e seus jovens, durante tanto tempo, tiveram de se dividir entre trabalhos pessoais e domésticos, além de receber a escola em seus lares e ter de organizar uma nova rotina. Algumas famílias conseguiram redes de apoio, rotinas organizadoras, equilíbrio emocional, o que favoreceu esse tempo em casa; porém, por motivos diversos, outras não tiveram a mesma oportunidade e viveram importantes dificuldades, em diferentes dimensões, as quais afetaram sua saúde física e emocional, com depressão, sentimento de abandono e solidão, crises de ansiedade, agitação, irritabilidade, insônia, dores de cabeça, inanição, apego excessivo a jogos eletrônicos.

A Pandemia, o afastamento físico e o fechamento da escola, tendo a família de mediar os processos educativos escolares, foi e tem sido um fato que obrigou família e escola a repensar os caminhos, filosóficos e metodológicos, que estavam sendo seguidos.

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